Genes (des)conectados

Anúncios

Revista Revide

https://www.reviders.com.br/index.fcgi/edicoes/editoria/comportamento/genes-desconectados/

Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião cooperado da Unimed e livre-docente da Divisão de Pediatria do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, afirma que o aprofundamento da pesquisa traz o reconhecimento de novas doenças, possibilitando maior estudo e possibilidades de  tratamento. “Algumas doenças estudadas, entre elas, a esquizofrenia,  tiveram correlação com muitas outras alterações psiquiátricas e neurológicas. Este estudo sugeriu uma interconectividade maior entre as doenças psiquiátricas e neurológicas do ponto de vista genético, sendo necessário, ainda, maior aprofundamento diagnóstico”, comenta. O especialista cita que as descobertas impactam positivamente no tratamento de doenças, como, por exemplo, a  Hidrocefalia de Pressão Normal (HPN), cujos sintomas principais são dificuldade para caminhar, perda progressiva da memória e das funções cognitivas e dificuldade para controlar a urina, que, na maioria das vezes, é avaliada como doença típica do envelhecimento e confundida com Alzheimer, Parkinson, depressão ou certas demências vasculares. Para ele, algumas manifestações clínicas de determinadas doenças dificultam o diagnóstico em razão das semelhanças, sendo, portanto, a interação entre a equipe médica de psiquiatras e neurologistas fundamental para otimizar as chances de diagnóstico mais preciso de acordo com cada caso. “Em outro estudo similar, pesquisadores chegaram à conclusão de que cinco dos principais distúrbios psiquiátricos dos quais a população mundial sofre — depressão, autismo, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), transtorno bipolar e esquizofrenia — compartilham uma série de fatores genéticos e abrem perspectiva para um futuro sistema de diagnósticos que poderia ser baseado não somente em categorias clínicas, mas, também, em fatores biológicos que ajudariam o médico a determinar um tratamento adequado a seu paciente”, complementa.

Publicado por Dr. Ricardo Santos de Oliveira

Professor Livre Docente Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Professor colaborador da FMRP-USP. Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (1994), Doutorado em Medicina (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (2001), Pós-doutorado no Hôpital Necker-Enfants Malades (Université Rene Descartes) 2001-2002, Pós-Doutorado FMRP-USP 2003-2004 (glicobiologia dos tumores cerebrais). Orientador pleno programa de pós graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia - FMRP-USP Atualmente é médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e docente credenciado do Depto. Cirurgia e Anatomia (Pós-graduação). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e Neuroncologia atuando principalmente nos seguintes linhas de pesquisa: Neoplasia cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos, trauma e neuroncologia.

Deixe uma respostaCancelar resposta

Descubra mais sobre Dr. Ricardo Santos de Oliveira

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading